
História
Em meados do século XVII, o território que pertence hoje a Horizonte, era apenas um aldeamento com o nome de Monte-mor-o-Velho.
A localidade, que depois se tornou vila e, posteriormente, o município denominado Guarani, foi extinta em 1920, vindo a representar um distrito de Aquiraz. Em 1938, Guarani, que logo depois recebeu o nome de Pacajus, voltou à categoria de município, tendo seu território dividido em 4 distritos: Guarani, Currais Velho, Lagoa das Pedras e Olho d’Água do Venâcio. O último viria a se tornar Horizonte, tendo recebido essa denominação pelo fato da região ser rica em fontes hídricas, sendo o olho d’água na fazenda do Venâncio a mais conhecida.
A mudança do nome para Horizonte, sugerido pela professora Raimunda Duarte Teixeira, ocorreu através do Decreto-Lei nº 1114, de 30 de dezembro de 1943, mas até tornar-se um município livre, Horizonte teve de percorrer uma grande trajetória. O 1º movimento de emancipação ocorreu em 1963, liderado por Horácio Domingos de Sousa e Manoel Feliciano de Sousa. O Governador Virgílio Távora assinou a Lei Estadual nº 6793, emancipando Horizonte. No entanto, em 1964, um ano depois, a lei foi derrubada após o início da ditadura militar.
Vinte anos depois, com o fim da ditadura, a Sociedade dos Amigos de Horizonte – Sahori – representada por Horácio Domingos de Sousa, Francisco César de Sousa, José Evandro Nogueira e Juvenal Lamartine Azedo Lima, juntamente à população horizontina, voltaram a lutar por liberdade, realizando um plebiscito, no qual 2.273 eleitores votaram a favor da emancipação e 182 votaram em desacordo. No dia 6 de março de 1987, no Palácio da Abolição, o governador Gonzaga Mota sancionou a Lei Estadual nº 11.300, criando o município de Horizonte. Em 1º de Janeiro de 1989, a emancipação da cidade foi concretizada com a criação da Câmara Municipal e a posse do primeiro prefeito do município, Francisco César de Sousa.
Você Sabia?
1 – No início da década de 30, Chico Moreira, dono de um sítio localizado na Lagoa do Ipu, se deparou com uma ossada de um animal pré-histórico ao cavar um poço em seu terreno. O fóssil é de um bicho preguiça gigante, que media cerca de 9 metros de cumprimento e três de altura. Atualmente, a ossada se encontra no Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro.
2 – O termo “Aningas”, que nomeia um distrito de Horizonte, vem do tupi a’niga, planta de família arácea, formada por flores multicoloridas e dotadas de raízes comestíveis.
3 – Os primeiros habitantes das terras que hoje compreendem Pacoti, Barreira, Horizonte, Pacajus, Chorozinho e Aquiraz foram os chamados índios Paiacus, grupo que vivia da caça, da pesca e do plantio nas terras daquela região. No começo do século XVII, os índios foram aldeados por jesuítas e o território recebeu a denominação de Monte-mor-o-Velho e, posteriormente, Monte-mor-o-Novo.
4 – A nomeação do município foi sugerida pela professora Raimunda Duarte Teixeira e tem significado referente a “lugar que a vista não alcança”, dando uma dimensão figurada à cidade.
5 – Entre os anos de 1989 e 2008, a população de Horizonte triplicou, de 16 mil passou a ter 52 mil habitantes. O grande ritmo de crescimento populacional, que têm se intensificado a cada ano, é atribuído ao desenvolvimento industrial do município.
6 – O município de Horizonte é considerado a quinta cidade mais desenvolvida do Estado do Ceará, segundo pesquisa de 2008 do Instituto de Pesquisa e Estratégias Econômicas do Ceará (Ipece). O estudo bianual avalia dados fisiográficos, fundiários, econômicos, de infra-estrutura e sociais. O município fica atrás, somente, Fortaleza, Eusébio, Sobral e Maracanaú.
7 – Horizonte possui uma comunidade quilombola. Considerada uma das mais importantes partes da identidade antropológica do município, a comunidade de Alto Alegre teve seu reconhecimento formal em maio de 2005, quando foi considerada remanescente dos Quilombos pela Fundação Palmares.
Parabéns pelo blog e pelo empenho de manter sempre atualizado.
ResponderExcluirmuito bom o blog, parabéns!
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